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Satélites de imagens da Capella estão se deorbitando mais rápido do que o esperado.

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A empresa Capella Space tem lançado satélites de radar de abertura sintética em órbita terrestre baixa desde 2018. Inicialmente, previa-se que esses satélites operassem por cerca de três anos. No entanto, de acordo com dados de satélites disponíveis publicamente, esses satélites estão retornando à Terra muito mais cedo do que o esperado.

No total, a Capella Space lançou dez pequenos satélites, incluindo oito da família denominada “Whitney”. Desde o final de janeiro deste ano, cinco desses satélites já reentraram na atmosfera, incluindo três da série Whitney. Surpreendentemente, esses satélites permaneceram em órbita por menos de dois anos e meio, sendo que um deles, o Capella-5, ficou em órbita por menos de dois anos.

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Isso significa que atualmente há cinco satélites da Constelação em órbita, incluindo o Capella-9 e o Capella-10, lançados em 16 de março, que estão operando a uma altitude de aproximadamente 584 km e 588 km, respectivamente.

De acordo com informações fornecidas à Federal Communication Commission, o sistema de propulsão do Capella-9 foi construído pela Phase Four, e outro satélite que reentrou prematuramente, o Capella-5, também utilizou a propulsão fornecida por essa empresa. Em um documento arquivado em março de 2022, a Capella informou que o satélite Capella-9 operaria a uma altitude orbital de 525 km e manteria uma altitude entre 475-575 km por três anos. Isso parece ser o perfil de missão típico dos satélites da Capella.

No entanto, os satélites Capella-7 e Capella-8, lançados em janeiro de 2022, estão atualmente operando abaixo de 400 quilômetros e provavelmente desorbitarão em algumas semanas ou meses. A deterioração inesperada pode ser devido a problemas no sistema de propulsão ou a uma miscalculação sistemática de seus requisitos.

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O astrônomo e analista Jonathan McDowell, ao revisar os dados a pedido do TechCrunch, afirmou que provavelmente os satélites Capella-7 e Capella-8 reentrarão na atmosfera entre setembro e outubro. Ele suspeita que houve falhas no sistema de propulsão, mas ressalta que a situação não está clara.

O TechCrunch entrou em contato com a Capella Space para obter um posicionamento sobre o assunto, mas ainda não recebeu resposta.

Fundada em 2014, a Capella é uma das poucas startups que está construindo constelações de satélites de radar de abertura sintética em órbita terrestre baixa. Essa técnica de imagem permite a realização de varreduras 3D detalhadas da superfície, independentemente das condições climáticas. Em janeiro, a empresa arrecadou US$60 milhões em financiamento, menos de nove meses após um investimento de US$97 milhões na Série C. A empresa afirmou que o novo capital seria utilizado para construir e lançar uma nova classe de satélites SAR chamados “Acadia”.

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O primeiro satélite Acadia será lançado a bordo de um foguete Electron da Rocket Lab em 6 de agosto, como parte de um contrato de múltiplas missões assinado pelas duas empresas em fevereiro.

Um relatório independente sobre remediação de detritos orbitais preparado pela NASA estimou que cada satélite Capella custa US$5 milhões.

Em resumo, a Capella Space tem enfrentado uma situação em que seus satélites de radar de abertura sintética estão retornando à Terra muito mais cedo do que o esperado. Embora cinco satélites da empresa ainda estejam operando em órbita, a inesperada deterioração de dois satélites pode estar relacionada a problemas no sistema de propulsão ou a uma miscalculação dos requisitos. A Capella é uma das empresas que está construindo constelações de satélites SAR em órbita terrestre baixa, e recentemente levantou milhões de dólares para desenvolver uma nova classe de satélites SAR chamados “Acadia”. O próximo lançamento está previsto para agosto a bordo de um foguete Electron da Rocket Lab. Cada um dos satélites Capella custa cerca de US$5 milhões, segundo estimativas da NASA.+