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Quênia suspende varreduras do Worldcoin devido a preocupações com segurança, privacidade e financeiras


O Quênia foi um dos primeiros países a receber a Worldcoin, uma controversa startup que busca criar uma nova “identidade humana e rede financeira” através do escaneamento ocular e sua própria criptomoeda. No entanto, após uma rápida expansão e preocupações com autenticidade, legalidade, segurança e proteção de dados, o Ministério do Interior do país emitiu um decreto suspendendo a inscrição da Worldcoin no país e qualquer outra entidade que possa estar envolvida em atividades semelhantes.
Expansão e Suspensão Até recentemente, o Quênia contava com uma das maiores presenças de locais da Worldcoin, onde os usuários podiam visitar “Orbs” para verificar seu World ID através de escâneres de íris esféricos e espelhados da empresa. Porém, a demanda crescente levou a equipe da Orb a transferir seus postos para um espaço maior, o Centro Internacional de Convenções Kenyatta, onde milhares de pessoas chegaram para se registrar.
Origem e Financiamento Fundada pelo CEO da OpenAI, Sam Altman, a Worldcoin é atualmente avaliada em mais de $2 bilhões de dólares e arrecadou mais de $500 milhões para criar uma rede de “prova de identidade pessoal”. A startup registra “humanos verificados” através de escaneamento ocular e oferece tokens de criptomoeda gratuitos em troca, com planos para um aplicativo que conectará essas identidades globais usando tokens da Worldcoin e outras criptomoedas apoiadas por moedas fiduciárias.
Regulação e Implicações Apesar da rápida expansão, a suspensão ordenada pelo Ministério do Interior levanta questões sobre o impacto no mercado paralelo de tokens da Worldcoin em circulação no Quênia, que estão sendo negociados livremente. Além disso, há preocupações sobre a falta de previsão das autoridades em relação a questões de privacidade e segurança antes de permitir as operações da Worldcoin no país. O Escritório do Comissário de Dados do país já estava avaliando as práticas da startup para garantir conformidade com as leis locais.
Exploração de Pessoas Economicamente Desfavorecidas Além das questões regulatórias, colegas céticos da indústria de tecnologia levantaram preocupações sobre como a Worldcoin pode estar explorando pessoas economicamente desfavorecidas ao construir um banco de dados biométrico usando a promessa de criptomoedas gratuitas. Investigação do MIT Review revelou que a empresa utilizava práticas de marketing enganosas, coletava mais dados pessoais do que admitia e não obtinha um consentimento informado significativo.
Conclusão A suspensão imposta pelo Quênia representa um desafio significativo para a Worldcoin, que agora terá que lidar com questões regulatórias e preocupações com privacidade e segurança. Enquanto a startup continua a se expandir globalmente e alcançar milhões de usuários, seu modelo de negócios e as implicações sociais e éticas de suas práticas continuam sendo objeto de escrutínio e debate.

